Por Frederico Rosa Borges de Holanda

Mais um que se vai, dos tempos em que cheguei em Brasília, 51 anos atrás. Tive uma relação muito cordial com José Galbinski, sempre. Sim, havia nossas diferenças conceituais e ideológicas, mas somos (escolho ainda falar no tempo presente) – ele e eu – de uma era em que as discordâncias eram colocadas na mesa de maneira civilizada, respeitosamente, e o adversário não era o inimigo a ser eliminado. Ele foi o chefe do Departamento (creio não me enganar na cronologia) quando de nossa estadia em Londres, em 1976-1979. Não havia questão administrativa comigo – na diabólica burocracia da UnB, CAPES, etc. – cuja resolução ele não tomasse imediatamente para si, como se eu mesmo fora, e o mais rápido possível elas eram sanadas.

Enquanto arquiteto, Galbinski deu contribuição seminal em projetos para edifícios no Campus Darcy Ribeiro, da Universidade de Brasília, dos quais o Restaurante Universitário é para mim o mais emblemático, por sua volumetria e espacialidade de riqueza extraordinária. Fomos próximos também enquanto partícipes da fundação da ANPUR, nos anos 1980 – ele foi o secretário executivo da Gestão 1984-1986, cujo presidente foi o também saudoso Ricardo Farret. Meu respeito por sua personalidade amável, divertidamente irônica, e meu afeto por ele só aumentaram no tempo. A última vez que o vi foi por ocasião do sepultamento de sua esposa Julieta poucos anos atrás, quando fui abraçá-lo. Infelizmente não estou em Brasília para prestar-lhe uma derradeira homenagem.

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A Diretoria da ANPUR Gestão 2023-2025 presta sua homenagem à José Galbinski e manifesta aos amigos e familiares as mais sinceras condolências.